domingo, 27 de julho de 2008

só pra começar o raciocínio:

Paulo Leminski dizia que "O amor é o elo entre o azul e o amarelo". As mesmas palavras digo da dúvida: "Dúvida é tensão de mente e coração".

agora, continuando...

Quantas vezes, por dia, deparamo-nos com a dúvida? Na hora de ir ao mercado, de ver um filme ou até mesmo na hora de decidir em qual estacionamento devemos parar. Pois é, a dúvida... A dúvida nos persegue. ME persegue. Ontem mesmo tive uma grande dúvida: deveria ou não beber cerveja antes da pizza? Se eu bebesse antes, iria me divertir talvez 10% a mais do que me diverti, porém a pizza me causaria indigestão e eu passaria mal à noite. Se eu não bebesse, iria me divertir 10% a menos do que me divertiria COM a cerveja, mas pelo menos não passaria mal à noite, por causa da indigestão da pizza. Resumindo: resolvi não beber. Consequentemente, acabei me divertindo 10% a menos, porém não passei mal. Todas as consequências de nossos atos dependem de nossas escolhas... Nossa, o quão clichê é isso.

Hoje me deparo com outra dúvida, mas esta é do coração. Quem diria que, algum dia depois de longos dois anos e meio, eu voltaria a falar desta palavra que tanto nos move: "coração". Segundo a ciência, "coração" é apenas "um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo". Porém, segundo a maioria das pessoas que "pensa" com esse músculo, coração é vida, é sentimento. Talvez daí venha a ligação deste músculo com o amor que, por sua vez, é definido como "sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa", pelo dicionário.

Eu não entendo o amor, por mais que o definam. Afinal, a maioria das definições têm que se adaptar constantemente à novas épocas, novas transformações. Será que a definição de "amor" foi adaptada à época atual? As vezes, eu acredito que a definição de amor podia ser linkada, em certas ocasiões, com a definição de "mentira", ou até mesmo de "traição"... ou de "devoção", na melhor das hipóteses. O fato é que o tal do "amor" nos deixa muita "dúvida" (dúvida, do latim dubitare, é um estado mental ou uma emoção entre acreditar e desacreditar) e é essa dúvida que me incomoda, dia após dia, mesmo com todas as outras dúvidas resolvidas por trás, como estacionamento, mercado ou cerveja antes da pizza.

Gostaria de poder definir o amor à minha maneira, à maneira de Laura Sobenes, sem dicionários, nem experiências de vida... mas não consigo. Paulo Leminski conseguiu e muito bem. Eu só consigo definir o que eu NÃO quero sobre o amor. Portanto, já que ainda estou em um patamar abaixo daquele que define o amor, só me resta definir a dúvida, à maneira de Laura Sobenes (observem a pretensão), e aqui está:

"Dúvida é tensão
de mente
e coração."

Um comentário:

Fernando disse...

"Dúvida é tensão
de mente
e coração."

Pois digo:

"Dúvida é tensão:
Desmente o
Coração."

Põe-se um 's', tira-se um 'e', muda-se a mensagem =)

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