quinta-feira, 11 de setembro de 2008

em homenagem à decepção

eu queria ser uma pedra.
uma pedra, eu queria ser
pra marcar direito o caminho,
me refugiar por aí, nos ninhos
e nunca mais sofrer...

queria ser dura, imutável,
que só muda com o vento
e não com qualquer lamento
nem com amigos enlatados
cegos e ultrapassados,
que me/te/se consomem,
a toda hora, todo dia.

queria eu ser alegria,
alegria eu queria ser,
pra estar no caminho
de quem quiser me ter
...........................(meter).




... mas não sou.
sou fúria, sou pavor,
sou bicho, sou flor.
ternura? ... não.
espinhos,
que ficam no caminho
da delicada mão.

Um comentário:

Fernando disse...

"de quem quiser me ter
...........................(meter)."

hauahuaua....

(o americano católico diria:)"Geeez..."

Caracas... no meio do poema vc consegue fazer o leitor gargalhar...

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