quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Estava aqui, eu, pensando com meus botões sobre a chuva. "Tema gasto..." vocês devem pensar, mas tudo bem, não me importo. Minha única distração agora, já que começo no emprego novo dia 13, é o computador. Eu podia escrever uma carta, ouvir música, fazer comida - não, não sei fazer comida -, mas ao invés disto, estou aqui, no computador. Tomara que não acabe a luz...

Mas, voltando: a chuva (pausa para acender um cigarro). Me da até arrepios pensar em quantas pessoas estão se molhando agora, neste exato momento, dois quarteirões pra cima do meu prédio, logo na Avenida Paulista... Já são quase 18h e, em breves duas horas, as pessoas vão começar a sair do trabalho para entrarem nos metrôs da linha verde (a linha mais estúpida que já vi em toda minha vida, por sinal), para irem rumo às linhas vermelha e azul (porque, no Brasil, pra quem não sabe, só temos três linhas de metrô e até tentaram construir uma quarta, mas ela desmoronou antes de ser finalizada), para chegarem na estação de destino e ainda embarcarem em um ônibus para, finalmente, chegarem em suas casas, onde encontrarão bebês recém-nascidos chorando, crianças peraltas que acabaram de acordar de um sono vespertino pós-escola e estão super no pique de brincar, cônjuges de mau-humor ou até mesmo o silêncio que, pra alguns, é muito pior do que todas as outras situações citadas acima...

Péssima essa vida de transporte público... ainda mais em um dia como hoje: dia cinza, com vento e chuva e, ainda por cima, ABAFADO. Pois é, como se não bastasse o caos metropolitano, estes pobres trabalhadores têm que enfrentar outros trabalhadores se encostando, se esbarrando, todos suados e melados, porque além de chovendo, ainda está abafado.

Ainda bem que eu sou freelancer. As vezes, me pego reclamando da vida, que não tenho dinheiro, que não posso gastar, que ainda não sou completamente independente em algumas questões financeiras... Porém momentos como este, enquanto estou sentada na frente do computador, no meu apartamento sequinho, dando uma de "pseudo-escritora da nova geração", me fazem lembrar o quanto sou feliz por ser freelancer. A não ser como quando me contraram para fotografar festas e baladas "happy-hour", na Vila Olímpia. Este, acredito eu, foi o único momento em que pensei ter escolhido errado minha profissão, mas este é um outro assunto. Mesmo porque, o pensamento logo passou, quando entrei em uma balada - que não vou citar o nome por questões de futuros processos jurídicos - e vi muitas pessoas bonitas interagindo comigo, pois eu tinha um objeto em minhas mãos que é o que a maioria daquelas pessoas desejam ter apontada para elas, pelo menos uma vez na vida: (não, não era um rifle) uma máquina fotográfica.

Pois é, queridos e amados leitores deste dia chuvoso... vou terminando meus breves pensamentos, pois estou em um dia típico de ócio nesta Cidade da Garoa ("garoa" soa como um graaaande eufemismo agora, se vocês pudessem ver a quantidade de gotas que está caindo lá fora...) e preciso aproveitar assistindo algum seriado de televisão desses canais de tv a cabo.

Me despeço com uma imagem de quando fui à Paraty em outubro do ano passado e, como sempre, a chuva me perseguiu... Mas foi bonito. Graças à minha profissão, eu tinha uma câmera fotográfica comigo. =)
Bom final de tarde a todos.

foto: Laura Sobenes - Paraty, RJ - outubro/2007

2 comentários:

Anônimo disse...

very nice! hahahahaha

Fernando disse...

Belas fotos serão sempre belas fotos.

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